segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Afinal, não apareceu


Este título e este texto não me parecem ter interesse...banalidades

E depois, o cruzar do olhar, o sorriso discreto cúmplice, as mãos que se tocam, um raio que rasga por dentro, inflama.
Beijo-te suavemente o canto dos lábios, ao de leve, enquanto os teus olhos se fecham devagar, e sinto os teus ombros descontraírem-se entre as minhas mãos, e eu deixo tudo para sentir a tua respiração quente, e o acetinado dos teus lábios que me encantam e deliciam...
E acredita-se que enamorar-se­ volta a ser possível...
Uma nova pessoa que aparece, mais uma vez não se sabe donde, e tudo recomeça para no fim acabar...Será que termina, e fica a ausência, o desgosto, a solidão?
Será que a vida aqui é assim mesmo?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cicatriz dilacerada

­­E que sentimos quando surge uma terceira pessoa, que rompe esta cumplicidade silenciosa? A fronteira dum abismo de desespero?
Quando ela surge...agora sim, está-se sozinho.
Uma cicatriz dilacerada, uma ferida aberta, uma dor de fundo, que ensombra a nossa vida. Supura um pus que envenena subtilmente os nossos melhores momentos, as nossas melhores relações...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pelo canto do olho...

E porque conhecemos as mesmas pessoas, e porque frequentamos os mesmos locais: fatalmente nos reencontramos. E o esforço que nós fazemos para não cruzar o olhar; para não falar um com o outro; para não ficarmos a sós.
Nesta cumplicidade silenciosa, existe o conforto da presença do outro, e especialmente sabermos que não tem alguém. Será que ainda crepita uma secreta esperança nas cinzas que ficaram?
Pelo canto do olho...olhamo-nos através dos espinhos.